1 de abril de 2010

CQC- Inri Cristo

Infinito do Tempo


No espaço infinito do tempo...
O teu vulto persigo
Por entre sonhos
Por entre as sombras
Buscando... buscando
Teu rosto
Perdendo os espaços
Ganhando lembranças
Criando saudades
Fantasiando sonhos
Teu rosto sorrindo
Por entre as vidraças
Teu riso ecoando... ecoando
Te perco pro tempo
Na distancia meus braços
Se chocam no nada...


Ana Paula Siqueira

Escuridão da Memória



A distancia é tamanha
O extremo de mim
Arrasa meus sentidos
Isola a dor
Destrói meus sonhos
No ar impuro das ruas
Respiro teu corpo
Me perco no tempo
Transgrido os espaços
Procurando teu rosto
Que se perdeu no passado
Pela rua molhada
Meio perdido iludido
Pensa que pode acordar
A saudade que se estende
Além das calçadas
Escondendo-se na escuridão
Da memória...


Ana Paula Siqueira

Escrever Teu Nome

Caminhando...
Pelas praias desertas ao sabor do vento!
Teu rosto relembro!
Confesso!... Sinto saudades.
Sentada na areia branca
Meus versos te deixo
Na névoa fria e cinzenta

Meus versos se chocam no tempo...
Ou iram se perder...Será.

Ao vento criando saudade
Busco teu corpo, sentindo o cheiro vindo do mar.
De repente! Teu riso se espalha
Pelo espaço...Enquanto as ondas
Brincam, beijando as areias.
Onde escrevo teu nome...


Ana Paula Siqueira

Jeito Criança



Teu jeito criança tua forma “mulher”
Dos sonhos menina da flor o perfume
Teu vulto nas ruas fantasiam meus olhos
Por todos os lugares só existe você
Que excita meus sentidos.
Que fascinam meus olhos
Quando passa nas ruas dos meus sonhos
Mulher menina que estonteia e explode
Minha emoção incontida
Quero tê-la comigo, acordar teu corpo.
No meu corpo
Agarrar o dia e minha fantasia
Faze-la mulher no romper do dia
Trazer o teu canto que encanta
A embalar os meus sonhos
Quando passas na rua entra no meu mundo
Me completa e se faz mulher.


Ana Paula Siqueira

Gotas D'Água


Sou a gota de água

Que nasce sem querer

Dos olhos do poeta

Sou o pingo que serpenteia
Pela vidraça enquanto lá fora a
Chuva cai lá fora...
Pressinto teus rápidos
Teu molhado banhado de sargaço e sal
E os pingos agora transformados
Na chuva forte escorrendo pelos
Teus cabelos pelo teu corpo quase nu
Venho do mar, venho do ar.
Sou fruto das nuvens e relâmpagos
Evaporo... Rápido me condenso
Estranho a solidez que me esconde
Que me impedem de chegar...
Aos teus lábios para sorrindo
Morrer...
E nos teus olhos renascer!...

Pense um Pouco

Lê cada ponto com cuidado e pensa sobre isso durante um segundo ou dois:
1. Gosto de ti não só por causa de quem és, mas também por causa de quem eu sou quando estou contigo.
2. Nenhum homem e nenhuma mulher é digno/a das tuas lágrimas, e aquele ou aquela que o é, não te fará chorar.
3. Apenas porque alguém não te ama da maneira que gostarias, isso não significa que ele ou ela não te ame com tudo o que têm.
4. Um/a verdadeiro/a amigo/a é aquele/a que procura segurar a tua mão quando cais e te toca no coração.
5. A pior maneira de sentir a falta de alguém é estar sentada exactamente a seu lado sabendo que não a podemos ter.
6. Nunca franzas o sobrolho, mesmo quando estiveres triste, porque nunca sabes quem se pode estar a apaixonar pelo teu sorriso.
7. Para o mundo todo podes ser apenas uma pessoa, mas para uma pessoa podes ser o mundo todo.
8. Não gastes o teu tempo num homem ou numa mulher que não esteja disposta a gastar o seu tempo contigo.
9. Talvez Deus queira que nós encontremos algumas pessoas erradas antes de encontrar a certa, para que quando encontremos a certa saibamos ser gratos.
10. Não chores porque acabou, sorri porque aconteceu.
11. Sempre haverá pessoas que te magoem, por isso o que tens de fazer é continuar a confiar e ser apenas mais cuidadoso acerca de quem confias para a próxima.
12. Faz de ti uma pessoa melhor e procura conhecer-te antes de procurares conhecer outra pessoa e esperares que ela saiba quem tu és.
13.Não tentes tanto, as melhores coisas acontecem quando não estás à espera delas

Força do Vento


É noite alta o som dos trovões
Os relâmpagos penetram pelas
Paredes, me mantêm acordada.
O vento agitando as folhas
É o gigante da natureza
Me mantendo colada a vidraça
A borrasca se levanta do mar
Agitado em altas ondas, absurdamente;
Branca e imensa é um espetáculo
Dantesco, numa noite escura e fria;
Meu corpo preso entre grilhões
Se debate como as ondas. Ansiosa por partir
Se libertar das amarras.
Ganhar espaço, pegar carona no vento.
Com a simplicidade da liberdade
De vir e ir...

Subir ao infinito como se parte dele fosse
Apenas por passear no tempo caminhar
Nas horas, esquecer as paredes...
Ganhar a liberdade dando asas ao amor
Sufocado preso entre escombros
Do submundo, da superfície da razão.
Onde apenas a efemeridade do tempo
Faz-se presente...
Oprimindo o peito com a força do vento
Que te cobra atos concretos e os tenho
Tão abstrato, pois todo o amor que sinto.
Desaparece na calma da maré...
Ana Paula Siqueira

Criação do Meu Mundo


 Eu fiz um mundo e criei...Você
Você sorriu! E eu acreditei
Que era para mim...
Por ele escalei todos os obstáculos
E escalarei quanto mais tiver.
Você deixou que eu te amasse
No teu mundo...
Eu não perguntei... Não quis saber
Se havia lugar para mim
Te amei !
Como te amei! De tal forma
Total e absurda
Você... Não disse nada!
Eu segui, cega e surda.
Num amor louco...
Num mundo desumano.
Me desfiz de todos os segredos...
Hoje!...Depois do nada
Descubro que não fui eu que fiz o mundo...
Foi o Deus do mundo
Que me fez...
Amar você...

De olho no Tempo...


Olho o tempo!
O que resta do caminho já tão gasto
Tantas procuras de tanto quanto resta.
Olha a vida que se finda,
Que se perde passo a passo.
O olhar turvo já não vê.
Sedento talvez da luz que se afasta.
Quando teus braços se afastam
De um forte abraço.
Olho para o nada que projeta
Teu vulto no espaço vaga.

Das lembranças.
Que o tempo em vão tenta apagar,
E que eu em vão tento agarrar;
Como se vida fosse, desprendida.
Olho o tempo o caminho já tão gasto
A vida se finda evapora no caminho
Como todas as lembranças...

Ana Paula Siqueira

Covardia

Ainda trago vivo na lembrança
A expressão do teu rosto.
Somos dois pólos que se dividem
Ao romper de cada amanhecer
Para novamente se recompor
Ao anoitecer...

Somos duas chamas! Se consumindo
Em lugar nenhum!...
Somos duas gotas da mesma água
Que nunca se saciam
Partimos... Sempre do mesmo ponto
E retornamos ao mesmo inferno
Ao qual nos condenamos.

Separadas...
Sofremos e nos crucificamos
Chegamos ao extremo de nós mesmos
Por nenhum motivo, por todas as causas.
Por todas as vidas que não as nossas.

Nos definhamos lentamente...
Com todos os direitos por todos
Os ideais que um dia nos permitimos.
Ao longo do tempo dos sonhos não
Concretizados, da vida não vivida.
Da coragem não assumida...choramos
Hoje a nossa covardia.

Dar-me ao Vento!


Sair !
Me dar ao vento
Esquecer meu corpo
Nas curvas dos caminhos
Me perder no tempo
Do lugar comum...
Encontrar o meu "eu"
Despido do ontem e
Despontar no sol
De algum lugar
Não esperar de outro
O que depende de mim
A força oculta que cala a dor
e impele a luta...
Não importa a porta
O caminho, o vazio.
Se busco a luz...

Onde estiver a minha fé...
Pois o meu 'DEUS' neste momento
Sou "EU"...
Serei, minha força.
Serei minha justiça
Farei dos meus princípios
A minha “LEI’...”.
Nela andarei, e por todos;
Os caminhos que eu andar
Semearei a semente do amor
Pelos campos da vida
Colherei os frutos da auto estima
Se usar a sabedoria do dividir
Olharei, um dia o sol.
De um novo amanhecer

Farei parte do universo
Amando a terra, o mar o ar.
Achando a luz...
Encontrando a PAZ...

Criação do Meu Mundo


Eu fiz um mundo e criei...Você
Você sorriu! E eu acreditei
Que era para mim...
Por ele escalei todos os obstáculos
E escalarei quanto mais tiver.
Você deixou que eu te amasse
No teu mundo...
Eu não perguntei...Não quis saber
Se havia lugar para mim
Te amei !
Como te amei! De tal forma
Total e absurda
Você... Não disse nada!
Eu segui, cega e surda.
Num amor louco...
Num mundo desumano.
Me desfiz de todos os segredos...
Hoje!...Depois do nada
Descubro que não fui eu que fiz o mundo...
Foi o Deus do mundo
Que me fez...
Amar você!...


15/10/2007
PAULA SIQUEIRA
DIA DO MEU NIVER.

Contradições

O que fiz! De tão grave que me cobras, tão alto preço.
Nesta longa jornada.
Por quais caminhos andei anteriormente, para que hoje.
Eu viva no meio de escombros e submundos.
Me deixas ver a luz e não me deixas usufruí-la
Como uma condenada obrigada a carregar nos pés
Os seus grilhões, para não esquecer os erros passados...
Quantas pedras atiraram através do tempo, para que regressem.
Com tamanha fúria, atingindo este alvo, que desconhece a razão,
De tamanha cobrança, que sente o bloqueio se fechando a cada dia,
Com medo das próprias palavras, o peso dos gestos nas mãos vazias.
Onde a lucidez e tão cobrada, e a coerência nos atos e tão exigida
Não admite vacilação, o traje esconde-me do mundo interior,
A cada dia deixo um pouco menos de ser eu, o que o mundo me exige não tem limites...

O que sei é que me fiz forte em algum momento do tempo,
Para fugir do anonimato e a cada dia, fui deixando de mim
Em busca de uma imagem que também não sou e que nunca poderia
Chegar a ser...
Porque?... Porque nunca tive estrutura, não tive base e muitas,
Das minhas raízes se tornaram cinzas, antes mesmo de chegar ser uma chama.

De onde vim? ... De muito além do tempo, um sopro de ar.
Que se projetou no espaço querendo ficar!
Quando não havia lugar... Por teimosia forçou este lugar.
Sem medir quanto isto viria a custar, no decorrer deste laço.
Tão sem espaço definido, acreditando que poderia ser diferente, esqueci que viriam as cobranças com redobrada fúria.
Pois quanto mais abro exceções, mais deixo de ser eu,
Quanto mais corro em busca da imagem, mais eu me anulo,
Lutando e entrando em guerra comigo mesma.


A cada dia fica mais difícil conviver entre dois pólos
Que criam momento de pressão constante entre o ficar
E o partir, o ser e o não quererem ser, pois o forte fica fraco
O fraco se perde. De repente o forte se sente fraco
E o fraco não tem estrutura para amparar o forte
Que se torna fraco. Aí só existe uma saída,
E a fuga do forte, causa instabilidade no fraco,
Que já vive em fuga constante, tentando se proteger.

Se agarrando a fios tão frágeis de sonho, pois a realidade é triste e amarga... é sangria lenta...
A dor moral do não Ter nada, da representação nula,
Física e moral, mostrando a consciência do presente
Me projeta o espaço vago o qual ocupo, me tornando
Extremamente sensível, a querer um gesto,
Que nunca tive, pois que não existo... Sou duas imagens
Que se confundem se tornando nada...

As vezes acho que sou apenas a fantasia que se alonga
Tomando formas sem nunca obter contornos definidos,
Que se visualizem do lado de fora...
Que a um simples gesto ou toque se fecha.
Não se permitindo uma linha no horizonte concreto,
Pois é apenas o abstrato que se delimita...Porque?
Porque dói saber, que não se existe realmente,
Para nada, para ninguém. Quando se é uma ilha
Cercada pela multidão desapercebida, pouco importando,
O tamanho do caos, então porque a insistência na luta,
Que valor terá, quem se importará se seguir ou parar.

O preço... Sinto que existe e o tenho pago tão caro
Sei que existem tantos atalhos, que atraem, tirando,
O sentido do seguir em frente, principalmente quando,
Se perdem as metas na trajetória da luta inglória .
Pergunto eu! Por quais razões nos tiram o direito
Da escolha, do caminho a percorrer ou a continuidade de seguir por este ou por aquele...
Não existe Senhor!
O medo do partir e sim o do Ter de ficar no anonimato
Das imagens mal projetadas.



Da carência que se torna desconhecida, e essa dor imensa.
Que me leva à solidão infinita, essa dor maior que toda,
Multidão não encobre. Que me leva a procurar o vazio
Das estradas noturnas, onde me acho no vazio do nada.
Indo ao extremo de lugar nenhum, onde posso gritar.

A minha dor ao infinito vago, na ânsia de ser ouvida.
Por Ti Senhor!
Que tantas vezes me esqueces, te tornando surdo aos meus lamentos. Te pergunto até onde? Até quando?
Esconderás o Teu Rosto, se não invejo ninguém,
Porque ele existe e cria, não invejo o que se toca.
Ou que use palavras ou gestos, pois tudo isso passa.
Acredito na dor, que não se cria, que apenas aparece,
Que se sente lenta ou esmagadora, a que não se sabe;
De onde vêm, a que dilacera a todos.
Essa eu conheço, tanto... Que sem ela não seria capaz
De perceber todo o resto.
Como por exemplo,...
Conviver entre duas imagens sem sentido e sem
Lugar comum...
Para poder esconder também de Ti Senhor!
Toda minha dor e toda solidão que me deste um dia
Por companhia...

Ana Paula Siqueira

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