1 de abril de 2010

Covardia

Ainda trago vivo na lembrança
A expressão do teu rosto.
Somos dois pólos que se dividem
Ao romper de cada amanhecer
Para novamente se recompor
Ao anoitecer...

Somos duas chamas! Se consumindo
Em lugar nenhum!...
Somos duas gotas da mesma água
Que nunca se saciam
Partimos... Sempre do mesmo ponto
E retornamos ao mesmo inferno
Ao qual nos condenamos.

Separadas...
Sofremos e nos crucificamos
Chegamos ao extremo de nós mesmos
Por nenhum motivo, por todas as causas.
Por todas as vidas que não as nossas.

Nos definhamos lentamente...
Com todos os direitos por todos
Os ideais que um dia nos permitimos.
Ao longo do tempo dos sonhos não
Concretizados, da vida não vivida.
Da coragem não assumida...choramos
Hoje a nossa covardia.

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