1 de abril de 2010

Força do Vento


É noite alta o som dos trovões
Os relâmpagos penetram pelas
Paredes, me mantêm acordada.
O vento agitando as folhas
É o gigante da natureza
Me mantendo colada a vidraça
A borrasca se levanta do mar
Agitado em altas ondas, absurdamente;
Branca e imensa é um espetáculo
Dantesco, numa noite escura e fria;
Meu corpo preso entre grilhões
Se debate como as ondas. Ansiosa por partir
Se libertar das amarras.
Ganhar espaço, pegar carona no vento.
Com a simplicidade da liberdade
De vir e ir...

Subir ao infinito como se parte dele fosse
Apenas por passear no tempo caminhar
Nas horas, esquecer as paredes...
Ganhar a liberdade dando asas ao amor
Sufocado preso entre escombros
Do submundo, da superfície da razão.
Onde apenas a efemeridade do tempo
Faz-se presente...
Oprimindo o peito com a força do vento
Que te cobra atos concretos e os tenho
Tão abstrato, pois todo o amor que sinto.
Desaparece na calma da maré...
Ana Paula Siqueira

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